Sem regras nem medidas
com palavras escritas e escondidas.
Verbalizo idéia ou fantasia
que as pessoas chamam poesia.
Disfarço me de mim,
fingindo que não estou
nem assado nem assim,
mas na essência é o que sou.
Talvez você não entenda,
nem tampouco compreenda,
mas o importante é a mensagem
e mais ainda, da mente, a viagem.
Um título me afeta
já que de palavras sou porteiro
portanto não um poeta,
mas simplesmente um "poeteiro".
31 de outubro de 2008
20 de outubro de 2008
O Poeteiro I
Um dia ele se deu conta de como era vigarice de sua parte quando aceitava chamarem-no "poeta".
"Poeta não, no máximo poeteiro" passou a ponderar. Mesmo lembrando que tudo havia começado numa ejaculação palavrática de seus pensamentos e ainda que, quando o gozo vinha, sempre que se punha a (d)escrever poeticamente esses momentos. "Momentos", aliás, era a nomeação de sua primeira estréia. Em sua última estréia, na consciência plena de ser o vencedor dentre 500 megabytes de informação genética, invocou algumas de suas predileções, esclarecendo de uma vez por todas a sua opção carpe diem de viver.
Obviamente, assim como você agoramente, as pessoas questionavam-no "Mas poeteiro??? Que isso quer dizer, afinal?". "É isso mesmo que você pensou...", "Eu não pensei em nada" - é, alguns são cínicos mesmo, ué, que se pode fazer? - "o poeta é um conhecedor da língua, da gramática, eu, um poeteiro, conheço o prazer que ela proporciona." Para que fique claro: nem todo poeta é poeteiro, mas todo poeteiro um dia pode vir a ser poeta.
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